Gestão de Terceiros

A gestão de terceiros é essencial para garantir qualidade nas entregas, cumprimento de metas e mitigação de riscos operacionais, financeiros e de compliance. Com a Lei da Terceirização de 2017, que permitiu a terceirização de atividades-fim, o mercado cresceu e se tornou mais competitivo. Uma gestão eficiente não só aprimora a administração dos parceiros contratados, mas também fortalece o processo de seleção, garantindo maior segurança e alinhamento estratégico para a empresa.

Uma gestão eficiente de terceiros envolve etapas fundamentais para garantir qualidade, segurança e alinhamento estratégico. O primeiro passo é identificar quais atividades precisam ser terceirizadas, avaliando os benefícios para a empresa. Em seguida, é essencial validar os fornecedores, assegurando que atendam aos requisitos de qualidade e conformidade. Após a contratação, a integração dos prestadores de serviço deve ser feita de forma estruturada, incorporando-os à cultura organizacional. A padronização e simplificação dos processos contribuem para a eficiência operacional, enquanto a avaliação contínua de desempenho, por meio de indicadores e auditorias de campo, garante que os serviços terceirizados atendam às expectativas e normas da empresa.

A contratação de terceiros envolve diversos riscos que podem impactar a empresa. Entre eles, o vazamento de dados, causado pelo armazenamento inadequado de informações sensíveis; o risco operacional, quando a empresa terceirizada não atende às demandas contratadas; e o risco de reputação, que ocorre quando o parceiro se envolve em atividades ilícitas. Além disso, há o risco financeiro, decorrente de problemas operacionais e reputacionais, afetando a relação com clientes, e o risco de compliance, relacionado ao descumprimento de leis como a legislação trabalhista e a LGPD.

A CLT define diretrizes para a terceirização, incluindo as responsabilidades das empresas contratantes. O artigo 2º, §2º estabelece a responsabilidade solidária, tornando a empresa responsável pelos débitos trabalhistas da contratada em caso de inadimplência. O artigo 455 trata da subcontratação, determinando a responsabilidade subsidiária da contratante pelos direitos dos empregados terceirizados. Já o artigo 31 impõe à empresa o dever de fiscalizar normas de segurança e saúde, assegurando a proteção dos trabalhadores.